terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Veja quanto ganha um PM na Bahia

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse que os métodos usados por uma parte dos grevistas da Polícia Militar do Estado são “coisa de bandido”, e acrescentou que não vai ter negociação e anistia a esses policiais. A informação foi dada à Folha de São Paulo.

Jaques Wagner apontou o envolvimento de policiais em tomadas de ônibus para bloquear vias e a alguns dos assassinatos nos últimos dias. Desde o início da greve, na noite de ontem (05), 98 homicídios foram registrados.

Segundo o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), entidade que deflagrou o movimento, Marco Prisco, a pauta de reivindicações, que inicialmente listava seis itens, como incorporação de gratificações aos salários e regulamentação para o pagamento de adicionais, como de periculosidade e acidente, foi reduzida a dois: anistia dos grevistas e o pagamento da gratificação por atividade de polícia.

"Veja que são pedidos simples, um é relativo ao retorno ao trabalho dos colegas e o outro é apenas cumprir o que já determina a lei", diz Prisco. Ele acrescenta que também abriu mão de participar das negociações com o governo do Estado - a associação que dirige não é reconhecida pelo comando da PM no Estado como entidade de classe. "O que falta ao governo é apenas dialogar com seriedade, porque já diminuímos bastante a pauta para colaborar com a sociedade, que está clamando por segurança."

Quando informado de que o governador não negociaria a anistia aos grevistas e que ainda havia acusado os participantes do movimento de crimes, incluindo homicídios, Prisco disse concordar que a anistia não se aplique nesses casos, se comprovado.

"Se o governador diz ter certeza de que há policiais praticando crimes pelo Estado, esses crimes devem ser investigados e punidos como determina a lei, sem dúvida", afirmou. "Não é o nosso caso, aqui, e nenhuma prática criminosa partiu ou foi pedida pela gente. Estamos em um movimento pacífico na Assembléia e o pedido de anistia é apenas para os integrantes desse movimento."




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